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100 MIL JOVENS PELA ÁGUA

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Sem qualidade da água, é impossível qualidade de vida (anônimo)

 

A proposta de 100.000 jovens pela Água nasceu em 2020, de uma iniciativa da rede global ÁGORA dos Habitantes da Terra, numa luta global contra a privatização da água, no contexto da entrada da água no mercado de futuros da Bolsa de Valores. Em 2021 a proposta foi assumida no Brasil pela Rede Ecumênica da Água (REDA) para desenvolver a mobilização nos territórios, cuidando da água como “Ser Sagrado - Direito Humano – Bem Comum” e retomada, nacionalmente, em 2022.

 

Neste sentido, o Movimento 100 Mil Jovens pela Água pretende facilitar a articulação das juventudes que se mobilizam, cooperam e educam para o cuidado das águas como bem essencial à vida no planeta Terra. As juventudes são as lideranças políticas, econômicas e sociais de amanhã e é urgente apoiar e estimular hoje o engajamento das juventudes organizadas em torno do cuidado das águas seja nas escolas, nas comunidades, nas organizações da sociedade civil, nos coletivos culturais, coletivos religiosos, nos partidos, entre outros. 

 

Já existem numerosos grupos e coletivos de jovens desenvolvendo ações socioambientais que incluem o cuidado das águas em suas abordagens, embora com propostas diversas, como o movimento Jovens pelo Clima, as juventudes que participam do programa Fé no Clima do ISER, as envolvidas nas iniciativas da Articulação do Semiárido (ASA), na Teia da Carta da Terra, no Fórum de Mudanças Climáticas de Justiça Socioambiental (FMCJS), citando apenas alguns exemplos entre muitos.  Existem também muitas iniciativas locais que contam com a participação da juventude em pastorais e outras formas de organização das diferentes religiões e grupos de espiritualidade laica. Da mesma forma, são inúmeras as iniciativas no ensino formal do país, da Educação Infantil às Universidades.

 

O que ainda não há é a articulação destas iniciativas nos territórios e no âmbito nacional, contribuindo para que as juventudes possam se ver reunidas, criando possibilidades de maior incidência socioambiental nestes tempos de emergência climática, particularmente no que se refere a esta questão vital que é o respeito, a defesa e o cuidado das águas.

 

O Movimento 100.000 Jovens pela Água se soma a estas iniciativas procurando dar-lhes mais visibilidade e apoio tendo a Água como tema gerador e centro de suas ações.  

 

Estimulando o trabalho em forma de rede, este Movimento se estrutura em torno de três princípios fundamentais: a água é um direito humano, e, como tal, deve ser universal; a água é um bem comum a todos os seres, humanos e não humanos, e, como tal, não pode ser mercantilizado; a água é um ser sagrado para as mais diversas práticas espirituais e tradições culturais, e, como tal, deve ser preservada, protegida, cultivada, e também cultuada.

 

Estes três princípios se articulam em torno de três eixos de ação, que guiam as atividades do Movimento, que tem como característica principal a aprendizagem permanente através do diálogo de saberes e fazeres, com ênfase na atuação  intergeracional que promovemos.

 

 

·     PRIMEIRO EIXO: Criação de Comunidade e Plataforma Digital

 

       Será desenvolvido um site do movimento (atualmente, as ações iniciais encontram-se hospedadas neste site da REDA). A plataforma servirá de repositório das iniciativas das juventudes, e também será um espaço de criação de comunidade. Nesta plataforma, as atividades serão divulgadas, desenvolvidas e articuladas de forma a expandir as conexões entre as juventudes e suas ações. A partir do mapa do país, as atividades serão localizadas, descritas e disponibilizadas para que as lideranças das juventudes possam se comunicar, se informar e aprender umas com as outras, sem a necessidade constante de mediação da coordenação geral.

 

       Além disso, a REDA, juntamente com as entidades parceiras, buscará facilitar formas de articulação e participação das juventudes em eventos importantes de caráter nacional e internacional que, de diferentes formas estejam ligadas à questão do cuidado das águas, como os ligados aos Grupos de Engajamento do G20 Social e à COP da Biodiversidade, na Colômbia.

 

·     SEGUNDO EIXO | Trilha Formativa + Produção e Curadoria de Conteúdo

 

      O Movimento vai construir, a partir da enorme experiência e capacitação técnica, prática e teórica dos conselheiros e conselheiras da REDA, e da expertise das instituições parceiras, espaços de formação específica em torno do tema das águas e das juventudes, tendo os três princípios como norte pedagógico. Temos parceria com algumas instituições que já oferecem formações ambientais e, além disso, já há bastante material produzido pela REDA e outras instituições parceiras do projeto em torno das águas. Este material passará por uma seleção curatorial e será disponibilizado ao longo de oficinas, cursos, seminários, rodas de conversa, saraus - presenciais, de forma online ou híbridos, além de utilização de salas verdes e outros espaços pedagógicos.

         

        A produção de conteúdo contará também com a criação de campanhas formativas e informativas, em distintas linguagens, de forma integrada e transmídia, com alimentação constante das redes sociais do projeto e eventos de ativação.

 

 

·    TERCEIRO EIXO | Iniciativas de Incidência Local

           

          As iniciativas de mobilização comunitária e incidência local serão desenvolvidas pelas juventudes, a partir de seus próprios territórios. Algumas ideias já levantadas abrangem ações de conscientização da comunidade, manifestações públicas diversas, ações coletivas de defesa, proteção e regeneração de fontes, nascentes e cursos d’água, gestos de denúncia da monetização dos mananciais de água doce e os riscos da privatização das águas, incluindo o racismo ambiental, criação de observatórios comunitários de água potável e saneamento, advocacy jovem junto a parlamentos locais, dentre muitas outras atividades que surgirão dos próprios coletivos de juventudes, utilizando-se dos recursos disponíveis nas comunidades onde vivem e nas redes sociais.

        Serão oferecidas às juventudes participantes atividades com metodologias diversas, como Dragon Dreaming, Teoria U, Pedagogia da Cooperação, Círculos de Cultura, Pesquisa-ação-participante. Também priorizaremos o desenvolvimento e adaptação de outras metodologias já desenvolvidas pelas instituições da REDA e entidades parceiras, para apoiar os projetos locais de acordo com as suas especificidades, como a tecnologia social desenvolvida pela Oca do Sol no Programa Guardiões das Nascentes (saiba mais aqui) e o Programa Um Milhão de Cisternas desenvolvido pela ASA, para citar alguns exemplos.

             A ideia central é sempre a partilha de conhecimentos e ações já desenvolvidas que mostram caminhos para a sustentabilidade e dar visibilidade a programas que podem servir de inspiração para outras iniciativas desenvolvidas pelas juventudes.

           As ações contarão com o apoio e acompanhamento do grupo facilitador da coordenação do projeto, criando as condições institucionais que favoreçam a participação plenamente autônoma de jovens na governança local e na execução de suas ações, reconhecendo suas habilidades, competências e potências para a transformação da realidade.

Para dotar os coletivos de subsídios teóricos e ferramentas de trabalho, caberá aos já-não-tão-jovens (ou jovens há mais tempo) envolvidos no projeto o papel de assessoramento, preparação das lideranças jovens no que se refere a conteúdos e metodologias participativas, apoio e acompanhamento dos processos de planejamento, definição de estratégias e busca de parcerias.

            O objetivo inicial é que cada núcleo possa identificar em seus territórios os desafios ligados à água em suas vidas pessoais e nos espaços em que circulam. O início destas novas ações sempre contará com um diagnóstico local, definindo uma situação-problema a ser enfrentada com uma ação concreta, que poderá ser realizada no âmbito da escola ou instituição, do bairro, da cidade, da região ou do país.

 Para os grupos e coletivos que já possuem uma experiência na área, vai ser importante criar formas de partilhar com os demais grupos que vão se juntando ao movimento, seja através da plataforma, seja através de outros meios.

       Em ambos os casos, será fundamental a sistematização das iniciativas empreendidas e sua socialização, com momentos de partilha entre as juventudes engajadas nas experiências de intervenção, além da produção de relatórios, publicação e divulgação dos resultados, com ações de visibilidade, realização de eventos presenciais e virtuais, publicação de artigos e produção de conteúdo para a plataforma.

 

 

Campanha de divulgação do movimento nos eventos do G20 Social, em Brasília

 

Cronograma inicial

 

            O movimento está em fase de divulgação, mobilização de pessoas e entidades parceiras e captação de recursos. 

 

       - No primeiro semestre, com a contribuição do Instituto Oca do Sol,  foi adquirido o domínio da plataforma virtual que será construída para alimentação permanente de conteúdos e informações para o Movimento. Também está previsto um concurso para confecção da logomarca do Movimento com o pessoal jovem que está participando das ações iniciai.  

 

- Até o Dia Mundial da Água, 22 de março de 2025, a cada dia 22 do mês o movimento realiza um encontro online ou híbrido para ir compondo a comunidade do movimento, sendo que já conta com a participação de jovens de norte a sul do país.

 

-  Em consonância com os eventos do G20 Social, especialmente o Y20 (Juventudes) e o IF20 (Inter-religioso - já que um dos princípios do movimento é “água como ser sagrado”), e as atividades de preparação para a COP30, já estamos promovendo a articulação de redes e produzindo eventos de ativação.

 

- Em junho será realizada uma oficina híbrida para oferecer a proposta de integração das juventudes em torno da questão do cuidado das águas, a introdução a temas e métodos para ações locais, assim como o estímulo a articulações regionais, nacionais e internacionais.

 

- Para agosto está prevista participação no Festival das Águas, durante as atividades do IF20 em Brasília.

 

- Em setembro o movimento organizará uma atividade sobre Água, Primavera e Paz

juntamente com outras organizações que celebram o Dia Mundial da Paz (21.09).

       

         - Em outubro teremos a ASA – Articulação do Semiárido como convidados para conhecermos mais de sua experiência.

         

            - Em novembro, preparação do evento do Dia Mundial contra a Água na Bolsa de Valores.

          

            - Em dezembro celebração de Natal com muita água boa!

 

 

- A partir do último trimestre de 2024, começaremos, em parceria com o ISER, o desenvolvimento e a elaboração da trilha formativa, em conjunto com cientistas e educadoras/educadores parceiros do projeto e a participação de jovens que possam contribuir com suas próprias experiências. O objetivo é lançar a trilha no primeiro trimestre de 2025.

 

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Iniciativa: REDA Brasil

Realização: Ágora de Habitantes da Terra, Instituto Oca do Sol e Iniciativa das Religiões Unidas - URI Brasil

Parcerias:

DEA - Diretoria de Educação Ambiental do Ministério de Meio Ambiente, Unipaz, Alternativa Terrazul, FMCJS, Teia da Carta da Terra, A Vida no Cerrado, Fonsampotma, Confederação OSCIP/BR.

Contatos:

Maíra Fernandes de Melo (Ágora Brasil) - 100miljovenspelaagua@gmail.com
REDA – Salette Aquino (URI) – tel. 19 99276-4413
Oca do Sol – Maicon – 61 99856-5455
Terrazul – Letícia – 61 98562-2348
A Vida no Cerrado – Vítor – 61 98165-7798
Juventude Unipaz – Any – 61 98424-3811

 

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Quer saber como foi nossa última oficina de Metodologias Participativas? Acesse aqui o relatório.

 

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